Evolução Histórica
Segundo autores, existem duas linhas de
pensamentos, no qual a
História do Turismo se divide. A primeira seria que o Turismo se inicia no
Século XIX como deslocamento cuja finalidade principal é o
ócio, descanso,
cultura,
saúde, negócios ou relações familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por
guerras, movimentos migratórios,
conquista,
comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da
Revolução Industrial.
A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.
Na História da
Grécia Antiga, dava-se grande importância ao
tempo livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão,
religião e
desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as
olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de
Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculos de
Delfos e ao de Dódona.
Durante o
Império Romano os romanos frequentavam águas
termais (como as das
termas de Caracalla). Eram assíduos de grandes espetáculos, em
teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa (como o caso de um, muito conhecido, para uma vila de
férias: a "orillas del mar"). Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três factores fundamentais: a "
Pax Romana", o desenvolvimento de importantes vias de tráfego e a prosperidade econômica que possibilitou a alguns
cidadãos meios financeiros e tempo livre.
Durante a
Idade Média ocorreu num primeiro momento um retrocesso devido ao maior número de conflitos e a recessão econômica, entretanto surge nesta época um novo tipo de viagem, as peregrinações religiosas. Embora já tenha existido na época antiga e clássica, entretanto o
Cristianismo como o
Islã estenderam a um maior número de
peregrinos e deslocamentos ainda maiores. São famosas as expedições desde
Veneza a
Terra Santa e as peregrinações pelo
Caminho de Santiago (desde
814 em que se descobriu à tumba do santo), foram contínuas as peregrinações de toda a
Europa, criando assim
mapas e todo o tipo de serviço para os viajantes. Quanto ao Turismo Islâmico de
Hajj a peregrinação para
Meca e um dos cinco Pilares do
Islamismo obrigando a todos os crentes a fazerem esta
peregrinação ao menos uma vez em sua vida.
E neste momento quando aparecem os primeiros alojamentos com o nome de
hotel (palavra francesa que designava os
palácios urbanos). Como as viagens das grandes personalidades acompanhadas de seu séquito, comitivas cada vez mais numerosas, sendo impossível alojar a todos em palácio, ocorre à criação de novas edificações hoteleiras.
Ao final do
século XVI surge o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem um
gran-tour ao final de seus estudos, com a finalidade de complementar sua formação e adquirir certas experiências. Sendo uma viagem de larga duração (entre 3 e 5 anos) que se fazia por distintos países europeus, e desta atividade nascem as
palavras: turismo, turista, etc.
Existindo um ressurgir das
antigas termas, que haviam decaído durante a
Idade Média. Não tendo somente como motivação a indicação medicinal, sendo também por diversão e o entretenimento em
estâncias termais como, por exemplo, em
Bath, na
Inglaterra. Também nesta mesma época data o descobrimento do valor medicinal da
argila com os banhos de barro como
remédioterapêutico, praias frias (
Niza,…) onde as pessoas iam tomar os
banhos por prescrição médica.
Com a
Revolução Industrial se consolida a
burguesia que volta a dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a
tração animal pelo
trem a vapor tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez as grandes distâncias cobrindo grande parte do território europeu e norte-americano. Também o uso do vapor nas navegações reduz o tempo dos deslocamentos.
Inglaterra torna-se a primeira a oferecer passagens de travessias transoceânicas e dominam o
mercado marítimo na segunda metade do
século XIX, o que favorecerá as correntes migratórias europeias para a
América. Sendo este o grande momento dos transportes marítimos e das companhias navais.
Começa a surgir na
Europa o
turismo de
montanha ou
saúde: se constroem famosos sanatórios e clínicas privadas europeias, muitos deles ainda existem como pequenos hotéis guardando ainda um certo charme. É também nesta época das praias frias (
Costa azul,
Canal da Mancha,…).
[editar]Thomas Cook
Em
1840,
Thomas Cook, considerado o pai do Turismo Moderno, promove a primeira viagem organizada da
história. Mesmo tendo sido um fracasso comercial é considera como um protundo sucesso em relação a organização do primeiro pacote turístico, pois se constatou a enorme possibilidade econômicas que, este negócio, poderia chegar a ter como atividade, criando assim em
1851 a Agência de Viagens “
Thomas Cook and son”.
Em
1867 inventa o bono o “
voucher”, documento que permite a utilização em hotéis de certos serviços contratados e propagados a través de uma agência de viagens.
Henry Wells e
William Fargo criam a agência de viagens
American Express que inicialmente se dedica ao transporte de mercadorias e que posteriormente se converte em uma das maiores agências do mundo. Introduzindo o sistema de financiamento e emissão de
cheques de viagem, como por
exemplo o
travel-check (dinheiro personalizado feito com
papel moeda de uso corrente que protege o viajante de possíveis roubos e perdas).
Cesar Ritz é considerado pai da
hotelaria moderna. Desde muito jovem ocupou todos os postos de trabalho possíveis em um
hotel até chegar a gerente de um dos maiores hotéis de seu tempo. Melhorou todos os serviços do hotel, criou a figura do
somellier, introduziu o banheiro nas unidades habitacionais (UHs) criando as suítes, revolucionando a administração. (Converteu os hotéis decadentes nos melhores da
Europa, o que lhe gerou o
pseudônimo de “mago”).
Ao finalizar a
guerra começa a fabricação em massa de
ônibus e carros. Nesta época as praias e os
riosse convertem em centros de turismo na Europa começando a adquirir grande importância o turismo costeiro.
O
avião, utilizado por minorias em longas distâncias, vai se desenvolvendo timidamente para acabar impondo-se sobre as companhias navais.
A crise de
1929 repercute negativamente em todo o setor turístico limitando seu desenvolvimento até aproximadamente
1932.
[editar]O “bom” turístico
Cancún, no
México, um dos principais pólos turísticos do país.
A recuperação econômica, especialmente da
Alemanha e do
Japão, foi uma assombrosa elevação dos níveis de renda destes
países e fazendo surgir uma
classe média estável que começa a interessar-se por
viagens.
Entretanto com a recuperação elevando o nível de vida de setores mais importantes da
populaçãodos países ocidentais, surge a chamada
sociedade do bem-estar que uma vez com as suas necessidades básicas atendidas passa a buscar o atendimento de novas necessidades, aparecendo neste momento a formação educacional e o interesse por viajar e conhecer outras culturas. Por outra parte a nova
legislação trabalhista adotando a semana inglesa de 5
dias de
trabalho, a redução da jornada de 40
horas semanais, a ampliação das coberturas sociais (jubilación, desemprego, invalidez,…), potencializam em grande medida o desenvolvimento do ócio e do turismo.
Também estes são os anos em que se desenvolvem os grandes
núcleos urbanos e se evidencia a
massificação, surge também o desejo de evasão, escapar da
rotina das cidades e descansar as mentes da pressão.
Nestes
anos se desenvolve a produção de
carros em série o que permite acesso cada vez maior a população deste bem, assim com a construção de mais
estradas, permite-se um maior fluxo de viajantes. De fato, a nova estrada dos
Alpes que atravessa a
Suíça de
norte a
sul supondo a perda da
hegemonia deste país como núcleo receptor, pois eles iam agora cruzar a Suíça para dirigir-se a outros países com melhor
clima.
A evasão é substituída pela
recreação, o que se supõem um golpe definitivo para as companhias navais, que se vêem obrigadas a destinar seus
barcos aos
cruzeiros.
Todos estes fatores nos levam a
era da estandardização padronizando os produtos turísticos. Os grandes operadores turísticos lançam ao mercado
milhões de pacotes turísticos idênticos. Na grande maioria utiliza-se de vôos charter, que barateiam o produto e o popularizam. No princípio deste período (1950) havia 25 milhões de turistas, e ao finalizar (1973) havia 190 milhões.
No obstante, esta etapa também se caracteriza pela falta de experiência, o que implica as seguintes consequências. Como a falta de
planejamento (se constrói sem fazer nenhuma previsão mínima da demanda ou dos impactos ambientais e sociais que se podem surgir com a chegada massiva de turistas) e o
colonialismo turístico (existe uma grande dependência dos operadores estrangeiros estadunidenses, britânicos e alemães fundamentalmente).
Na
década de 1970 a crise energética e a consequente
inflação, especialmente sentida no setor dos
transportes ocasionam um novo período de crise para a indústria turística que se estende até
1978. Esta recessão implica uma redução da capacidade de abaixar os custos e preços para propor uma massificação da oferta e da demanda.
Na
década de 1980 o nível de vida volta a elevar-se e o turismo se converte no motor econômico de muitos países. Esta aceleração do desenvolvimento ocorre devido à melhoria dos transportes com novos e melhores
aviões da
Boeing e da
Airbus,
trens de alta velocidade e a consolidação dos novos charter, também observa-se um duro competidor para as companhias regulares que se vem obrigadas a criar suas próprias filiares charter.
Nestes anos se produz uma internacionalização muito marcante das grandes empresas
hoteleirase das operadoras. Buscam novas formas de utilização do tempo livre (
parques temáticos, deporte,
resorts, saúde,…) e aplicando, ainda mais técnicas de
marketing, pois o turista tem cada vez mais informação e maior experiência, buscando novos produtos e destinos turísticos, o que gera uma forte competição entre eles.
A possibilidade de utilização de ambientes
multimedia na
comunicação transformarão o sector, tornando o designer dos produtos, a prestação do serviço, a comercialização dos mesmos de uma maneira mais fluida.
Os significativos problemas desta época ocasionaram limitações à capacidade receptiva gerando a necessidade de adequar a
oferta à
demanda existente, empenhando-se no controle de
capacidade de carga dos ambientes patrimoniais de importância históricos e diversificando a oferta de produtos e destinos. Tendo ainda a percepção da diversificação da demanda aparecendo novos tipos perfis de turistas que exigiam uma melhor qualidade.
O turismo entra como parte fundamental da agenda
política de numerosos países que desenvolvendo políticas públicas focadas na promoção, no planejamento e na sua comercialização como uma peça chave do
desenvolvimento econômico. Melhorando-se a formação e desenvolvendo planos de educação especializada. O objetivo de alcançar um desenvolvimento turístico sustentável mediante a captação de novos mercados e a regulação da
sazonalidade.
Ocorre novamente um barateamento das viagens por via aérea por meio das companhias de baixo custo (
Low cost) e a liberação das companhias em muitos países e a feroz competição das mesmas. Esta liberalização afeta a outros aspectos dos serviços turísticos como a gestão de aeroportos e sem duvida será aprofundada quando entrar em vigor a chamada
Directiva Bolkestein(de liberalização de serviços) em tramite no
Parlamento Europeu.
[editar]Estatísticas sobre o turismo internacional
[editar]Os principais destinos no mundo
De acordo com as estatísticas da
Organização Mundial de Turismo (OMT) em 2009 aconteceram 880 milhões de chegadas de turistas internacionais, um decréscimo de 4,4% em relação a 2008 que teve 919 milhões de visitantes.
[2] A região mais afetada pela
crise economica foi Europa, com uma reduçaõ de 5,6%.
[2] Porém, os países mais visitados pelos turistas internacionais entre 2006 e em 2009 são
europeus, com a
França mantindo o primeiro lugar.
[2][3][4][5] Os seguintes países foram os 10 maiores destinos do turismo internacional entre 2009 e 2007:
Posição
mundial | País | Continente | Chegadas de
turistas
internacionais
em 2009
(em milhões)[2] | Chegadas de
turistas
internacionais
em 2008
(em milhões)[2] | Chegadas de
turistas
internacionais
em 2007
(em milhões)[2] |
1 | França | Europa | 74,2 | 79,2 | 80,9 |
2 | Estados Unidos | América do Norte | 54,9 | 57,9 | 56,0 |
3 | Espanha | Europa | 52,2 | 57,2 | 58,7 |
4 | China | Ásia | 50,9 | 53,0 | 54,7 |
5 | Itália | Europa | 43,2 | 42,7 | 43,7 |
6 | Reino Unido | Europa | 28,0 | 30,1 | 30,9 |
7 | Turquia | Europa | 25,5 | 25,0 | 22,2 |
8 | Alemanha | Europa | 24,2 | 24,9 | 24,4 |
9 | Malaysia | Ásia | 23,6 | 22,1 | 21,0 |
10 | México | América do Norte | 21,5 | 22,6 | 21,4 |
[editar]Os destinos com as maiores receitas e os paises com as maiores despesas
De acordo com as estimativas da
Organização Mundial de Turismo (OMT), em 2008 as receitas geradas a nível mundial pelo turismo internacional atingiram
USD 942 bilhões (
€ 641 bilhões), mas devido à
crise econômica de 2008-2009 as receitas disminuiram para USD 852 bilhões (€ 611 bilhões) em 2009, representando uma queda de 5,8%, levando em consideração o ajuste pelas fluctuações da
taxa de câmbioe da
inflação do dólar americano em relação ao euro. Os países que mais arrecadaram com o turismo internacional continuam se concentrando na
Europa, mas o maior arrecadador em 2009 continua sendo os
Estados Unidos com
USD 94,2 milhões seguido pela
Espanha e
França.
[2] Em 2009
Alemanha continua como o país emissor com maiores despesas nos outros destinos, seguido pelos Estados Unidos.
[2]Segundo as estatísticas da OMT, em 2009 os seguintes 10 países receberam as maiores receitas vindas do turismo internacional, e também se apresentam os 10 países emissores com as maiores despesas em turismo internacional:
Receitas do turismo internacional por país receptor[2] | Despesas do turismo internacional por país de emissor[2] |
Posição
mundial | País | Continente | Receitas
geradas
turismo intl.
em 2009
(em bilhões) | Receitas
geradas
turismo intl.
em 2008
(em bilhões) | Receitas
geradas
turismo intl.
em 2007
(em bilhões) | Posição
mundial | País | Continente | Despesas
em turismo intl.
por país emissor
em 2009
(em bilhões) | Despesas
em turismo intl.
por país emissor
em 2008
(em bilhões) | Despesas
em turismo intl.
por país emissor
em 2007
(em bilhões) |
1 | Estados Unidos | América do Norte | US$ 94,2 | US$ 110,1 | US$ 97,1 | 1 | Alemanha | Europa | US$80,8 | US$91,0 | US$83,1 |
2 | Espanha | Europa | US$ 53,2 | US$ 61,6 | US$ 57,6 | 2 | Estados Unidos | América do Norte | US$73,1 | US$79,7 | US$76,4 |
3 | França | Europa | US$ 48,7 | US$ 55,6 | US$ 54,3 | 3 | Reino Unido | Europa | US$48,5 | US$68,5 | US$71,4 |
4 | Itália | Europa | US$ 40,2 | US$ 45,7 | US$ 42,7 | 4 | China | Ásia | US$43,7 | US$36,2 | US$29,8 |
5 | China | Ásia | US$ 39,7 | US$ 40,8 | US$ 37,2 | 5 | França | Europa | US$38,9 | US$43,1 | US$36,7 |
6 | Alemanha | Europa | US$ 34,7 | US$ 40,0 | US$ 36,0 | 6 | Itália | Europa | US$27,8 | US$30,8 | US$27,3 |
7 | Reino Unido | Europa | US$ 30,1 | US$ 36,0 | US$ 38,6 | 7 | Japão | Ásia | US$25,1 | US$27,9 | US$26,5 |
8 | Austrália | Oceanía | US$ 25,6 | US$ 24,8 | US$ 22,3 | 8 | Canadá | América do Norte | US$24,3 | US$26,9 | US$24,7 |
9 | Turquia | Europa | US$ 21,3 | US$ 22,0 | US$ 18,5 | 9 | Rússia | Europa | US$20,8 | US$23,8 | US$21,2 |
10 | Áustria | Europa | n.a. | US$21,8 | US$18,9 | 10 | Países Baixos | Europa | US$20,7 | US$21,7 | US$19,1 |
[editar]As cidades e as atrações turísticas mais visitadas do mundo
A
Revista Forbes realizou uma pesquisa em
2007 para classificar as 50 maiores atrações turísticas do mundo, considerando tanto turistas internacionais como domêsticos.
[6] Por outra parte, a firma
Euromonitor classificou as 150 cidades mais visitadas pelos turistas internacionais no mundo durante 2006.
[7] As seguintes são as 10 melhores atrações do mundo segundo a Forbes, e se incluem também alguns outros destinos famosos posicionados dentro dos 50 melhores,
[8] e também se apresentam as 10 cidades mais visitadas do mundo e se incluem cidades de países lusófonos que classificaram dentro deste ranking:
Atrações turísticas mais visitadas do mundo em 2007
por turistas domésticos e internacionais[6]
Top 10 | Cidades mais visitadas em 2006
por turistas internacionais[7]
Top 10 |
Posição
mundial | Atração turística | Cidade | País | Número de
turistas
(em milhões) | Posição
mundial | Cidade | Número de
turistas
(em milhões) |
1 | Times Square | Nova Iorque | EUA | 35 | 1 | Londres | 15,64 |
2 | National Mall & Memorial Parks | Washington, D.C. | EUA | 25 | 2 | Bangkok | 10,35 |
3 | Walt Disney World'sMagic Kingdom | Lake Buena Vista, FL | EUA | 16,6 | 3 | Paris | 9,70 |
4 | Trafalgar Square | Londres | Reino Unido | 15 | 4 | Cingapura | 9,50 |
5 | Disneylândia | Anaheim, CA | EUA | 14,7 | 5 | Hong Kong | 8,14 |
6 | Cataratas do Niágara | Ontário &Nova Iorque | CAN & EUA | 14 | 6 | Nova Iorque | 6,22 |
7 | Fisherman's Wharf& Golden Gate | São Francisco,CA | EUA | 13 | 7 | Dubai | 6,12 |
8 | Tóquio Disneylândia & Disney Sea | Tóquio | Japão | 12,9 | 8 | Roma | 6,03 |
9 | Catedral de Notre-Dame de Paris | Paris | França | 12 | 9 | Seul | 4,92 |
10 | Disneylândia Paris | Paris | França | 10,6 | 10 | Barcelona | 4,69 |
Outros destinos famosos |
Cidades lusófonas no ranking |
11 | Muralha da China | Badaling | China | 10 | 35 | Rio de Janeiro | 2,19 |
18 | Torre Eiffel | Paris | França | 6,7 | 47 | Lisboa | 1,72 |
31 | Grand Canyon | Arizona | EUA | 4,4 | 62 | São Paulo | 1,10 |
36 | Estátua da Liberdade | Nova Iorque | EUA | 4,24 | 71 | Salvador | 0,94 |
37 | Vaticano e seus museus | Roma | Itália | 4,2 | 104 | Fortaleza | 0,50 |
39 | Coliseu de Roma | Roma | Itália | 4 | 109 | Foz do Iguaçu | 0,44 |
47 | Pirâmides de Gizé | Cairo | Egito | 3 | 118 | Búzios | 0,36 |
50 | Taj Mahal | Agra | Índia | 2,4 | 123 | Florianópolis | 0,31 |
Ainda segundo a OMT, dependendo de uma pessoa estar em viagem para, de ou dentro de um certo país, as seguintes formas podem ser distinguidas:
- Turismo receptivo - quando não-residentes são recebidos por um país de destino, do ponto de vista desse destino.
- Turismo emissivo - quando residentes viajam a outro país, do ponto de vista do país de origem.
- Turismo doméstico - quando residentes de dado país viajam dentro dos limites do mesmo.
[editar]Turismo receptivo
O turismo receptivo é o conjunto de bens, serviços, infra-estrutura, atrativos, etc, pronto a atender as expectativas dos indivíduos que adquiriram o produto turístico. Trata-se do inverso do turismo emissivo. Corresponde à oferta turística, já que se trata da localidade receptora e seus respectivos atrativos, bens e serviços a serem oferecidos aos turistas lá presentes.
O turismo receptivo, para se organizar de modo que seja bem estruturado, deve ter o apoio de três elementos essenciais para que esse planejamento seja executado com sucesso. São eles:
- Relação turismo e governo em harmonia;
- Apoio e investimentos dos empresários;
- Envolvimento da comunidade local.
A partir da inter-relação desses elementos é que pode nascer um centro receptor competitivo, lembrando que eles são apenas os essenciais, mas não os diferenciais, uma vez que é o diferencial que fará com que o turista se desloque até esse possível centro.
Nesse centro receptor, além de haver esses três elementos de fundamental importância para a formação do produto turístico, também deve haver outros que devem estar presentes na localidade. Alguns deles: Atrativos naturais e histórico/culturais; acessos; marketing; infraestrutura básica e complementar; condições de vida da população local; posicionamento geográfico; entre outros.
[editar]Importância econômica
O Turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no Brasil (dentre as espécies, significativamente, o turismo ecológico, o turismo de aventura e os cruzeiros marítimos) e no mundo, movimentando, direta ou indiretamente mais de US$ 4 trilhões (2004), criando também, direta ou indiretamente, 170 milhões de postos de trabalho, o que representa 1 de cada 9 empregos criados no mundo.
Tal ramo é de fundamental importância para o profissionalismo do setor turístico e necessário para a economia de diversos países com excelente potencial turístico, como o Brasil.
No
Brasil, cidades médias e pequenas que são desprovidas de um próprio
centro financeiro, precisam de meios para o crescimento de sua
economia e de seu
desenvolvimento. Alguns exemplos sobre esse caso são:
Vitória,
Guarujá,
Ilha Bela,
Ubatuba,
Ouro Preto,
Tiradentes,
Paraty,
Angra dos Reis,
Armação dos Búzios,
Cabo Frio, entre outras.
Grandes
metrópoles globais também usam o turismo para sua fonte econômica, apesar de terem uma ampla economia de influência nacional ou internacional, como:
São Paulo,
Rio de Janeiro,
Buenos Aires,
Nova York,
Los Angeles,
Londres,
Paris,
Tóquio, entre outras. Muitas delas utilizam diversos tipos de turismo, como:
de negócios,
lazer,
cultural,
ecológico(mais aplicado em cidades menores com maior área rural, apesar de existirem reservas florestais em algumas
metrópoles), etc.
Em outros países, entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, ocorre o mesmo. Nos
Estados Unidos da América, o estado do
Havaí, além de ser uma ilha distante do
continente, possui também pouca população, em comparação à outros
estados, sendo assim, difícil de ter um maior maior crescimento na sua economia. Portanto, o estado teve de optar para o turismo, e hoje é um dos mais famosos pontos turísticos dos
Estados Unidos, sendo conhecido por suas belas praias e resorts.
Atualmente, um dos locais que mais crescem com o turismo, é a cidade de
Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos. Pela sua localização, próxima à regiões de conflitos étinicos e religiosos, a cidade teve de enfrentar muitos obstáculos para ser conhecida em diferentes partes do mundo. Conta com os mais exóticos e originais
arranha-céus, sendo muitos deles,
hotéis, tendo destaque para o
Burj Al Arab, cartão postal da cidade, e para o
Rose Tower, o hotel mais alto do mundo.
[editar]Estudo do Turismo
O estudo do turismo é uma área de recente desenvolvimento dentre as ciências sociais aplicadas. No Brasil os primeiros cursos superiores na área sugiram no início da década de 1970, destacando-se aqueles criados na antiga
Faculdade Anhembi Morumbi e na
Universidade de São Paulo, e também o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (
PUCRS).
Apesar de controverso, o termo
turismologia têm sido utilizado para designar essa área de estudos, sendo
turismólogo o termo utilizado designar o estudioso da área.
[editar]Turismo nos países lusófonos
[editar]Turismo no Brasil
O turismo no
Brasil se caracteriza por oferecer tanto ao turista brasileiro quanto ao estrangeiro uma gama mais que variada de opções. Nos últimos anos, o governo tem feito muitos esforços em políticas públicas para desenvolver o
turismo brasileiro, com programas como o
Vai Brasil procurando baratear o deslocamento interno, desenvolvendo
infra-estrutura turística e capacitando
mão-de-obra para o setor, além de aumentar consideravelmente a divulgação do país no exterior. São notáveis a procura pela
Amazônia na
região Norte, o litoral na
região Nordeste, o
Pantanal e o
Planalto Central no
Centro-Oeste, além do interesse pela
arquitetura brasiliense, o turismo histórico em
Minas Gerais, o litoral do
Rio de Janeiro e da
Bahia e os negócios em
São Paulo dividem o interesse no
Sudeste, e os pampas, o clima frio e a arquitetura germânica no
Sul do país.
São Paulo, a maior
cidade do
Brasil. É a cidade mais visitada do país por estrangeiros que viajam a negócios e eventos.
[9] O turismo interno é muito forte economicamente. Os destinos mais procurados pelos brasileiros são
São Paulo,
Rio de Janeiro e os estados da região
Nordeste, principalmente
Bahia e
Pernambuco. Segundo a pesquisa "Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009", realizada pelo
Vox Populi em
novembro de
2009, a Bahia é o destino turístico preferido dentre os turistas que residem no país,
[10] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais,
Pernambuco, com 11,9%, e
São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.
No turismo internacional, a imagem de que o Brasil é um país muito procurado por turistas estrangeiro, e que esta terra recebe um número enorme de visitantes oriundos de outros
países é relativamente enganosa. Apesar das opções variadas e do enorme
território a ser visitado, o Brasil não figura sequer entre os trinta países mais visitados do
mundo. Alguns fatores como o medo da
violência, da má estrutura e falta de pessoal capacitado (como a carência falantes de
inglês no serviço público do turismo, por exemplo) podem ser motivos para explicar esta relativamente baixa procura pelo Brasil como destino.
Contudo, ao que tudo indica, a razão principal pela baixa procura por estrangeiros pelo Brasil, se deve pelo fato deste país se encontrar distante dos países grandes emissores de turistas. 85
% das viagens aéreas feitas no mundo acontecem em, no máximo, duas horas de vôo
[carece de fontes]. Os problemas estruturais e socioeconômicos do Brasil parecem não interferir tanto no fluxo de turistas estrangeiros, uma vez que, segundo o Plano Aquerela, conduzido pela
Embratur, 92% dos estrangeiros que estiveram neste país pretendem voltar.
Mas situação do turismo no
Brasil aos poucos tem melhorado. Em
2005 o Brasil recebe 564.467 turistas a mais que em
2006. Mas ainda assim o número de estrangeiros é muito pequeno se compararmos, por exemplo, à
França, um país com o território de tamanho semelhante ao do estado de
Minas Gerais, mas que recebe 14 vezes mais visitantes estrangeiros que o Brasil.
Os países que mais enviaram estrangeiros para o Brasil em
2008 foram:
Principais 15 países emissores de turistas para o Brasil em 2008[11] |
Posição | País de
origem | Turistas
estrangeiros
2008 | %
total | Posição | País de
origem | Turistas
estrangeiros
2008 | %
total |
1º | Argentina | 1.017.675 | 20,15 | 9º | Espanha | 202.624 | 4,01 |
2º | Estados Unidos | 625.506 | 12,39 | 10º | Uruguai | 199.403 | 3,95 |
3º | Itália | 265.724 | 5,26 | 11º | Reino Unido | 181.179 | 3,59 |
4º | Alemanha | 254.264 | 5,03 | 12º | Colômbia | 96.846 | 1,92 |
5º | Chile | 240.087 | 4,75 | 13º | Peru | 93.693 | 1,86 |
6º | Portugal | 222.558 | 4,41 | 14º | Bolívia | 84.072 | 1,66 |
7º | Paraguai | 217.709 | 4,31 | 15º | Países Baixos | 81.936 | 1,62 |
8º | França | 214.440 | 4,25 |
[editar]Turismo em Portugal
Praia do Tamariz,
Estoril - Portugal é amplamente conhecido na
Europa pelas suas estâncias turísticas.
Portugal sempre se mostrou como um dos destinos turísticos mais seguros da
Europa. Se apesar de até
1974 o país ter sofrido com o seu regime ditatorial, após esta data o turismo em terras portuguesas cresceu imenso.
Lisboa e
Cascais foram os pólos iniciais do turismo, aos quais se juntaram mais tarde a Ilha da
Madeira e o
Algarve; actualmente todo o país goza de um prestígio em todo o mundo.
Actualmente, o Algarve, a região de Lisboa, Cascais e
Sintra, a Madeira, e o
Porto lideram o ranking de destinos nacionais. O
Alentejo Litoral começa também a afirmar-se como um grande pólo turístico onde estão a efectuar-se grandes investimentos nesse sector nomeadamente em Tróia (
Grândola) e
Santiago do Cacém.
Ao passo que os portugueses elegem a
Espanha,
Brasil,
Cuba,
Tailândia,
México,
Itália,
Marrocos,
Moçambique,
Tunísia,
Cabo Verde ou a
República Dominicana como seus destinos principais,
Portugal é escolhido, preferencialmente, por turistas oriundos do Reino Unido,
Irlanda,
Países Baixos,
Dinamarca,
Suécia,
Noruega, Itália,
Bélgica,
Alemanha,
Suíça,
França, Espanha e um número cada vez maior turistas da
Rússia,
Polónia,
Estados Unidos da América,
Canadá,
Países Bálticos,
República Checa,
Hungria,
Japão e
China.
Cultura, sol, praias, diversão, natureza, história e gastronomia são os pratos fortes do turismo português.
O turismo é um dos mais importantes sectores da economia portuguesa, representando cerca de 8% do PIB.
Portugal encontra-se entre os 15 países com maior procura turística em todo o mundo.
[editar]Turismo na América Latina
Durante vários anos o
México tem sido o destino mais visitado por turistas estrangeiros na
América Latina. As receitas do turismo internacional são uma importante fonte de divisas para vários dos países da América Latina, e representa um porcentagem importante do
PIB e das exportações de bens e serviços, assim como uma fonte importante de emprego, com destaque da
República Dominicana.
[12]Segundo o
FEM vários dos países da
América Latina, ainda que apresentam deficiências nas áreas de infra-estrutura e marco jurídico, são competitivas nos aspectos relativos a recursos culturais e naturais, fatores que fazem atrativo realizar investimentos ou desenvolver negócios no setor de viagens e turismo nos países da região.
[13] Por exemplo, o
Brasil foi classificado no
Índice de Competitividade em Viagens e Turismo de 2009 na posição 45 a nível mundial, mas entre os 133 países avaliados classificou na posição 2 em recursos naturais, e na posição 14 em recursos culturais, ainda que classificou na posição 110 en infraestrutura rodoviária e no 130 en segurança pública.
[14] A continuação apresenta-se um resumo das principais estatísticas sobre o turismo dos 20 países da América Latina, incluindo indicadores que reflitem a importância que esta atividade tem nas suas economias.
País da
América Latina | Chegadas
turistas
internl.[5]
2008
(mil) | Receitas
turismo
internl.[5]
2008
(mil
USD) | Receita
média por
chegada[5]
(2) / (1)
2008
(USD/tur) | Chegadas
por
1000 hab
(estimado)
2007[4][15] | Receitas
per
capita[16]
2005
USD | Receitas
%
exportação
bens e
serviços[12]
2003 | Receitas
turismo
%
PIB[12]
2003 | % Empregos
diretos
e indiretos
no
turismo[12]
2005 | Classif.
Mundial
Competitiv.
Turística[13]
TTCI
2009 | Valor do
Índice
TTCI[13]
2009 |
Argentina | 4.665 | 4.633 | 993 | 115 | 57 | 7,4 | 1,8 | 9,1 | 65 | 4,08 |
Bolívia | 594 | 275 | 463 | 58 | 22 | 9,4 | 2,2 | 7,6 | 114 | 3,33 |
Brasil | 5.050 | 5.785 | 1.146 | 26 | 18 | 3,2 | 0,5 | 7,0 | 45 | 4,35 |
Chile | 2.699 | 1.757 | 651 | 151 | 73 | 5,3 | 1,9 | 6,8 | 57 | 4,18 |
Colômbia | 1.222 | 1.844 | 1.509 | 26 | 25 | 6,6 | 1,4 | 5,9 | 72 | 3,89 |
Costa Rica | 2.089 | 2.250 | 1.077 | 442 | 343 | 17,5 | 8,1 | 13,3 | 42 | 4,42 |
Cuba | 2.316 | 2.267 | 979 | 188 | 169 | n/d | n/d | n/d | n/d | n/d |
Equador | 1.005 | 763 | 759 | 71 | 35 | 6,3 | 1,5 | 7,4 | 96 | 3,62 |
El Salvador | 1.385 | 894 | 645 | 195 | 67 | 12,9 | 3,4 | 6,8 | 94 | 3,63 |
Guatemala | 1.527 | 1.068 | 699 | 108 | 66 | 16,0 | 2,6 | 6,0 | 70 | 3,90 |
Haiti* | n/d | n/d | 685* | n/d | 12* | 19,4 | 3,2 | 4,7 | n/d | n/d |
Honduras | 899 | 621 | 690 | 117 | 61 | 13,5 | 5,0 | 8,5 | 83 | 3,77 |
México | 22.637 | 13.289 | 587 | 201 | 103 | 5,7 | 1,6 | 14,2 | 51 | 4,29 |
Nicarágua | 858 | 276 | 322 | 143 | 36 | 15,5 | 3,7 | 5,6 | 103 | 3,49 |
Panamá | 1.293 | 1.408 | 1.089 | 330 | 211 | 10,6 | 6,3 | 12,9 | 55 | 4,23 |
Paraguai* | 416* | 102* | 245* | 68 | 11 | 4,2 | 1,3 | 6,4 | 122 | 3,16 |
Peru | 2.058 | 1.991 | 967 | 65 | 41 | 9,0 | 1,6 | 7,6 | 74 | 3,88 |
República Dominicana | 3.980 | 4.176 | 1.049 | 408 | 353 | 36,2 | 18,8 | 19,8 | 67 | 4,03 |
Uruguai | 1.921 | 1.042 | 542 | 525 | 145 | 14,2 | 3,6 | 10,7 | 63 | 4,09 |
Venezuela | 745 | 895 | 1.201 | 28 | 19 | 1,3 | 0,4 | 8,1 | 104 | 3,46 |
- Nota (1): Os dados marcados com * não estão disponíveis para 2008 em web sites de acesso público, então se incluíram como referencial os datos disponíves de 2007 para o Paraguai e de 2003 para o Haiti.[4][16]
- Nota (2): A cor sombreado verde denota o país com o melhor indicador e a cor sombreado amarelo corresponde ao país com o valor mais baixo.